Afrassíabe (sítio arqueológico)
Afrassíabe Afrosiyob Afrasiyab | |
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Detalhes da cópia de uma das pinturas de Afrassíabe no Museu de Afrassíabe em Samarcanda | |
Localização atual | |
Coordenadas | 39° 40′ 17″ N, 66° 59′ 16″ L |
País | Usbequistão |
Dados históricos | |
Fundação | Antiguidade |
Abandono | Idade Média |
Notas | |
Arqueólogos | Mikhail Masson[1] |
Afrassíabe (em persa: افراسیاب; romaniz.: Afrasi(y)ab; em usbeque: Afrosiyob) é um antigo sítio do norte de Samarcanda, atual Usbequistão, ocupado de meados do I milênio a.C. ao século XIII d.C..[2] A tradição liga a sua origem ao mítico Afrassíabe, que aparece no Avestá como rei do Turanistão.[3] Nas primeiras escavações feitas no sítio foram achados os seus célebres afrescos soguedianos. Nos anos 1970, nova escavações revelaram seus edifícios medievais (arrábita, xaristão, postais e fortificações). Na área do xaristão, há as ruínas de um complexo palaciano do período do Canato Caracânida (840–1211), que quiçá foi destruído em 1212 quando eclodiu uma revolta contra o domínio pelo Império Corásmio (1077–1231), mas foi reconstruído mais tarde.[4]
Murais
[editar | editar código-fonte]Murais notáveis mostram Varcumã, rei de Afrassíabe, no século VII. É visto sendo visitado por embaixadas de vários países como Chaganiã (no atual Usbequistão), Chache (atual Tasquente), Império Tangue (na China), Império do Tibete e Cogurio (Península Coreana)[5][6] e inclusive seu nome é citado. Na delegação, os chineses levaram presentes na forma de seda.[7] Pensa-se que foram feitos entre 648 e 651, poucos antes do fim do Grão-Canato Turco Ocidental (603–657),[5] ou depois de 658, quando a o grão-canato foi absorvido pelo Império Tangue.[8]
Referências
- ↑ Pugachenkova 1998.
- ↑ Fedorov-Davydov 1983, p. 394.
- ↑ Law 1992, p. 84.
- ↑ Fedorov-Davydov 1983, p. 394-395.
- ↑ a b Baumer 2018, p. 243.
- ↑ Yamauchi 2007, p. 46.
- ↑ Whitfield 2004, p. 110-111.
- ↑ Whitfield 2004, p. 112.
bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Baumer, Christoph (2018). History of Central Asia, The: 4-volume set. Londres e Nova Iorque: I.B.Tauris
- Fedorov-Davydov, G. A. (1983). «Archaeological Research in Central Asia of the Muslim Period». World Archaeology. 14 (3): 393-405
- Law, David A. (1992). From Samaria to Samarkand: The Ten Lost Tribes of Israel. Lanham, Marilândia: Imprensa da Universidade da América
- Pugachenkova, G. (1998). «Mikhail Evgenievich Masson - the founder of the archaeological school in Central Asia». UNESCO
- Whitfield, Susan; Sims-Willams, Ursula (2004). The Silk Road. Trade, Trave, War and Faith. Chicago: Serindia
- Yamauchi, Kazuya; Taniguchi, Yoko; Uno, Tomoko (2007). Mural Paintings of the Silk Road: Cultural Exchanges Between East and West : Proceedings of the 29th Annual International Symposium on the Conservation and Restoration of Cultural Property, National Research Institute for Cultural Properties, Tokyo, January 2006. Londres: Arquétipo